terça-feira, 19 de outubro de 2010

ALGUNS PROCEDIMENTOS

ALGUNS CAMINHOS/PROCEDIMENTOS QUE ESTAMOS EDIFICANDO:
  • Paradoxo dos Estados Físicos: sempre que iniciamos um treinamento ou um estudo cênico, trabalhamos com oposições: deliciado e agressivo, suave e violento, dilatado e recolhido, profano e sagrado, lucidez e loucura. Quando falamos de estado físico estamos falando de corpo e voz numa determinada situação.
  • Estudo dos Arquétipos: sempre pensamos em tocar, no nosso treinamento diário, o universo arquetípico dos movimentos, utilizamos a definição de Jung para desenvolver e trabalhar estes arquétipos. Os arquétipos são encontrados em comportamentos externos, especialmente aqueles que se aglomeram em torno de experiências básicas e universais da vida, tais como nascimento, casamento, maternidade, morte e separação. Também se aderem à estrutura da própria psique humana e são observáveis na relação com a vida interior ou psíquica, revelando-se por meio de figuras tais como anima, sombra, persona e outras mais. Teoricamente, poderia existir qualquer número de arquétipos.

  • O estudo de obras literárias e a mediação entre obra literária e sua realização cênica, envolvendo a questão estética e escolha feita pelo grupo. A proposta não é ser literal, ou seja, qual tal está no livro, mas sim desvendar aquilo que esta por trás da escrita e encontrar dentro desde subterrâneo, um contexto poético para nossa escrita cênica.
  • A recusa pela estrutura antiga cenocrática: o palco não é mais o local onde é afirmada e mostrada uma verdade humanista ou simbólica válida para todos; nem é mais um reflexo de um mundo análogo ao nosso, ao ponto de nos enganar. Nosso palco não-ilusionista nos fornece uma ação para ver e compreender, mas a verdade desta ação esta fora dele: situa-se em outro lugar, na platéia ou, mais ainda, na sociedade, que é o denominador comum entre a platéia e o palco. 

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